Em 1978 Piquet ganhou o Europeu
de F3 e Salazar acompanhava pelas revistas especializadas chilenas. Ele passou
a admirar Piquet e queria fazer o mesmo na Europa. Daí ele foi para a
Inglaterra, em Gatwick e pegou um trem para Victoria, mas queria chegar no circuito
de Thruxton, em Andover, somente com uma pequena bagagem. Passou a frequentar os boxes em
busca de uma vaga em alguma equipe, embora mal falava o inglês.
Falou com os pilotos De
Cesaris e Mansell. Não sentiu firmeza e pensou em
voltar para o Chile.
Começou a chover e foi embora de
Thruxton a pé, pois não tinha carro. A chuva aumentou e vários carros
passavam por ele. De repente, um Alfa Romeo, sem motivo algum, lhe ofereceu
carona: era Nelson Piquet, seu ídolo.
Salazar relata:
– Para mim era como seu eu tivesse visto Deus. Ele nem sabia que eu era
um piloto.
– Talvez o seu lado latino o fez sentir pena de mim...
– Ele me perguntou onde eu
estava indo e eu lhe disse que sabia quem ele era e que não conhecia ninguém !
– Eu lhe mostrei a revista na minha bagagem e lhe disse que queria ser
que nem ele.
– Se ele não acreditasse em mim, poderia checar que eu era piloto
também.
Depois disso, Piquet cuidou de
Eliseo e deu-lhe uma refeição no MacDonald´s de Earl Court.
Levou Salazar para
um hotel que custou-lhe sete pounds/dia.
No dia seguinte Piquet apresentou
Salazar para o pessoal da F3 e ele assinou para pilotar um Ralt, no Europeu de
F3.
Até hoje Salazar fica emocionado em falar dessa época,
pois se não fosse Nelson, ele teria voltado ao Chile...
Nenhum comentário:
Postar um comentário